domingo, 29 de abril de 2012

Análise semanal ativos Bovespa - 30/04 a 04/05/2012

IBOVESPA
ALTA. O IBOV segue corrigindo dentro de uma tendência de alta no semanal, caracterizada por topos e fundos ascendentes. Isto quer dizer, em outras palavras, que o momento do IBOVESPA está mais propício para as COMPRAS do que para as VENDAS, já que o provável cenário é o de uma continuação do movimento de preços para cima, num prazo mais longo. Porém, o ativo segue corrigindo como previsto nas análises anteriores. Perdeu o suporte nos 65.000 pontos, que virou resistência. O próximo suporte se encontra nos 60.000 pontos. Conforme comentado nas últimas semanas, deve-se continuar com a cautela nas compras de curto prazo. Resistência: 65.000 pontos. Suporte: 60.000 pontos.
USIM5
INDEFINIDA. A tendência é classificada como indefinida, pois os topos e fundos vem se formando mais ou menos nos mesmos níveis. Em outras palavras, ainda não existem sinais claros que possam nos mostrar, com segurança, qual o provável lado que o ativo irá se mover com mais força. A operação de COMPRA, aberta no meio de janeiro (veja entrada aqui), foi encerrada a três semanas. Desta maneira, a última posição em aberto foi encerrada. Por enquanto não há nada a ser feito. Resistência: R$ 12,79. Suporte: R$ 9,85.
PETR4
ALTA. O papel segue em uma tendência de alta, caracterizada por topos e fundos ascendentes. Isto quer dizer que o momento é mais propício para operações na ponta da COMPRA. O movimento das últimas quatro semanas mostrou que a decisão de sair do trade de COMPRA, a quatro semanas atrás, foi a atitude mais correta e que a expectativa de uma correção ainda mais forte, feita a cinco semanas (ver aqui), se concretizou. Rompeu o suporte nos R$ 23,00 e agora testa o suporte mais próximo nos R$ 21,00. Os pontos de suporte e resistência são pontos importantes. Nas zonas de suporte, a demanda pelo ativo tende a aumentar e o preço sente mais dificuldade em continuar caindo. Por enquanto não há nada a ser feito. Resistência: R$ 23,00. Suporte: R$ 21,00.
VALE5
INDEFINIDA. A sequência de topos e fundos formados no mesmo nível não nos permite saber qual o provável caminho que o movimento de preços seguirá. Por enquanto, não há nada a ser feito, a não ser esperar por uma definição do papel.  Resistência: R$ 45,00. Suporte: R$ 35,50.
ITUB4
ALTA. Em tendência de alta, com topos e fundos ascendentes. O momento é mais propício para as COMPRAS, o que quer dizer que a probabilidade é favorável a continuação do movimento de preços para cima, no longo prazo. Porém, o alerta dado a cinco semanas (ver aqui), de uma correção ainda mais forte, vem se concretizando, mostrando que a decisão de sair do trade de COMPRA, a quatro semanas atrás, foi a mais correta. Ativo rompeu importante suporte nos R$ 33,00, que virou resistência. Testa próximo suporte nos R$ 29,00. Por enquanto não há nada a fazer. Continuamos a espera de uma boa oportunidade. Suporte: R$ 29,00. Resistência: R$ 33,00.

BVMF3
ALTA. O movimento de preços é caracterizado pelos topos e fundos ascendentes. A tendência é que os preços continuem a se mover para cima. Porém, nunca é demais lembrar que os preços se movem em zig-zag e não em linha reta. Por enquanto não há nada a ser feito. Continuamos a espera de uma boa oportunidade para entrar, seja na COMPRA, seja na VENDA. Resistência: R$ 12,61. Suporte: R$ 10,50.

A planilha está atualizada até 29/04/2012:

ATIVOSEMANA EntradaTipo OPEntradaAlvo InicialStopRealização ParcialSituação AtualRetorno c/RP1Retorno s/RP2Situação atual
PETR428/fev/11COMPRA2830,2427,2527,25--2,68%-2,68%Fechado
USIM502/mai/11VENDA17,31614,311611,4221,13%8,13%Fechado
VALE514/mar/11VENDA4844,4545,3144,44-7,39%8,01%Fechado
VALE510/jun/11VENDA44,2140,9345,31---2,43%-2,43%Fechado
PETR402/mai/11VENDA25,932421,2124-12,31%8,04%Aberto
ITUB404/abr/11COMPRA37,3440,3336,4436,7--2,41%-2,41%Fechado
USIM526/set/11VENDA11,5110,6511,5110,65-5,65%8,08%Fechado
VALE526/set/11VENDA40,6437,6340,6437,63-5,60%8,00%Fechado
PETR403/out/11VENDA18,361719,1118,3-3,92%-3,92%Fechado
BVMF326/set/11COMPRA9,4910,249,2410,2510,350,87%8,01%Fechado
VALE526/set/11COMPRA42,2145,5939,2442,15-7,04%-7,04%Fechado
ITUB405/dez/11COMPRA33,8236,5233,8236,5234,866,51%7,98%Aberto
PETR409/jan/12COMPRA22,6524,46222,6524,4623,376,55%7,99%Aberto
USIM516/jan/12COMPRA11,4212,3210,4312,3211,425,52%7,88%Aberto
TOTAL62,96%65,63%

IMPORTANTE: As análises contidas não devem ser consideradas como recomendações de compra ou venda de ativos, tendo como principal objetivo o aprimoramento e difusão dos conhecimentos de Análise Técnica (AT). O leitor deve ter em mente que ele é o único responsável por suas decisões dentro do mercado, levando sempre em conta o risco inerente a este tipo de operação

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Fundo Mútuo de Privatização (FMP): uma excelente idéia que o governo jogou no lixo

Um pouco de história não faz mal a ninguém...

O Fundo Mútuo de Privatização (FMP) foi criado e utilizado pelo governo federal para vender parte das ações da Petrobrás e Vale em poder da União. O FMP Petrobrás foi criado em agosto de 2000. Já o FMP Vale foi criado em março de 2002.

Somente trabalhadores com contas ativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) podiam aplicar em FMP. Quando os FMP estavam em processo de abertura, as pessoas interessadas solicitavam o aporte, mas, como o número de ações da Petrobras e da Vale dos FMP era limitado, foi feito o rateio entre as aqueles que solicitavam o aporte no FMP.

Como dito antes, o aporte no FMP foi feito através de recursos disponíveis nas contas individuais do FGTS. Quando algum cliente pedia o resgate dos recursos, o valor resgatado retornava para a conta individual do FGTS. Até hoje tem muita gente com recursos aplicados nos FMPs.

Do ponto de vista do investimento, o FMP era excelente, pois, as contas do FGTS tem uma rentabilidade de 3% ao ano acrescido da variação da Taxa Referencial (TR), o que convenhamos é muito pouco. Quem tem conta no FGTS sabe o que eu estou dizendo. Por outro lado, os recursos investidos no FMP passaram a correr os riscos típicos dos investimentos em ações, dos quais o mais pronunciado é a variação extrema dos preços (a chamada volatilidade).

Dito isso, fica aqui meu desabafo: o governo federal, diretamente ou através de empresas como o BNDESPAR (subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), possui ações de inúmeras empresas, sejam estatais ou sociedades de economia mista. E a lista de empresas nas quais o governo detém participação aumenta dia-a-dia.

Algumas dessas empresas são consideradas estratégicas, como a própria Petrobrás, Vale e Embraer. Portanto, não há que se falar em um novos FMPs para a venda de ações de tais empresas.

Por outro lado, existem empresas de capital aberto cuja participação governamental é episódica, por vezes fruto de uma operação malsucedida do BNDES (que por muitas vezes converte dívida em participação societária). Por isso eu pergunto: por que não repetir a história de sucesso dos FMP Petrobrás e Vale? Seria, ao meu ver, a forma mais simples e direta de democratizar o acesso à bolsa de valores.

Artigo Escrito por Flávio Girão Guimarães