domingo, 27 de fevereiro de 2011

Análise semanal de 28/02 a 04/03

IMPORTANTE: As análises contidas não devem ser consideradas como recomendações de compra ou venda de ativos, tendo como principal objetivo o aprimoramento e difusão dos conhecimentos de Análise Técnica (AT). O leitor deve ter em mente que ele é o único responsável por suas decisões dentro do mercado, levando sempre em conta o risco inerente a este tipo de operação.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fale Conosco: Tesouro Direto 2011

Fale Conosco
Caros leitores,

Na página Fale Conosco disponibilizamos um espaço para que vocês enviem sugestões, críticas, estudos de caso, dúvidas etc. Através desse canal de comunicação, já atendemos muitos leitores que procuram o aconselhamento de nossos especialistas.

Nessa interessante troca de informações, por vezes nos deparamos com dúvidas que podem ser estendidas a outros leitores e, portanto, quando autorizados, publicaremos tais dúvidas e a resposta de nossos especialistas.

Meu conterrâneo, Rafael Pinheiro do Rio de Janeiro/RJ, entrou em contato conosco, perguntanto nossa opinião acerca da evolução do Tesouro Direto em 2011...

Bom dia!


Eu li um artigo (Fundo DI X CDB X Poupança - Fevereiro de 2011) do Flávio Girão Guimarães que me esclareceu bastante sobre o atual momento da economia e os investimentos conservadores que podem render mais neste ano de 2011. Porém, eu gostaria de saber como o investimento no Tesouro Direto vai se desenrolar neste ano de 2011? Estou aguardando noticias. Muito obrigado e parabéns pelo artigo.

Rafael Pinheiro
Rio de Janeiro/RJ


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Nossa resposta ao amigo Rafael Pinheiro, foi a seguinte:


Caro Rafael,

...
 


Bem, o assunto Tesouro Direto é uma das prioridades do site ABC do Dinheiro. No Brasil, temos o privilégio de comprar diretamente títulos públicos, sem intermediários. Ao longo do tempo, iremos postar muitos artigos sobre esse assunto. Aguarde e confira!

A resposta à sua pergunta não é trivial. No Tesouro Direto podemos adquirir títulos públicos com características completamente distintas. Alguns títulos tem como característica uma rentabilidade pré-definida (ou prefixada, no jargão dos economistas), tal como as LTN e as NTN-F. Já outros títulos tem sua rentabilidade atrelada a um índice de preços (NTN-B, por exemplo). Há também títulos públicos que rendem o mesmo que a taxa Selic (LFT).

O cenário atual, fevereiro de 2011, é de expectativa de aumento da inflação, acima da meta estabelecida para esse ano (4,5%). Logo, veremos em breve o aumento da taxa Selic. Nesse cenário, o investimento em títulos atrelados à inflação (NTN-B) ou em títulos atrelados à Selic (LFT) devem apresentar um bom resultado.

Por outro lado, caso o Banco Central do Brasil comece a ganhar a "queda de braço", e os índices de inflação começarem a convergir para a meta, os títulos prefixados (LTN ou NTN-F) irão "bombar". Ou seja, tudo depende do desenrolar do atual cenário econômico. Como eu disse, a resposta não é trivial.

Trivial é responder que o investimento em LFT gera um rendimento, no mínimo, semelhante à variação da Selic. Ou seja, se você está na dúvida se os juros vão subir ou se vão cair, se a inflação vai convergir para a meta ou se vai escapar, compre LFTs. Porém lembre-se: a LFT no longo prazo gera rendimentos muito tímidos, quando comparados aos demais títulos públicos.

Vale a máxima: quando maior for o risco, maior serão os rendimentos.

Como lhe adiantei, iremos dar um foco no Tesouro Direto em nossos próxios artigos. Explicaremos como as características dos títulos públicos podem trabalhar a nosso favor, conciliando tais características com nossos objetivos e nosso horizonte de investimento.

Antes de investir no Tesouro Direto, dê uma lida no artigo "Como Investir no Tesouro Direto" http://www.abcdodinheiro.com.br/2011/01/examecom-como-investir-no-tesouro.html e no site do Tesouro Nacional, que trás várias dicas e tutoriais bem legais.




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Abraços,

Flávio Girão Guimarães

ABC do Dinheiro

Fale Conosco: Tesouro Direto 2011

Fale Conosco
Caros leitores,

Na página Fale Conosco disponibilizamos um espaço para que vocês enviem sugestões, críticas, estudos de caso, dúvidas etc. Através desse canal de comunicação, já atendemos muitos leitores que procuram o aconselhamento de nossos especialistas.

Nessa interessante troca de informações, por vezes nos deparamos com dúvidas que podem ser estendidas a outros leitores e, portanto, quando autorizados, publicaremos tais dúvidas e a resposta de nossos especialistas.

Meu conterrâneo, Rafael Pinheiro do Rio de Janeiro/RJ, entrou em contato conosco, perguntanto nossa opinião acerca da evolução do Tesouro Direto em 2011...

Bom dia!

Eu li um artigo (Fundo DI X CDB X Poupança - Fevereiro de 2011) do Flávio Girão Guimarães que me esclareceu bastante sobre o atual momento da economia e os investimentos conservadores que podem render mais neste ano de 2011. Porém, eu gostaria de saber como o investimento no Tesouro Direto vai se desenrolar neste ano de 2011? Estou aguardando noticias. Muito obrigado e parabéns pelo artigo.


Rafael Pinheiro

Rio de Janeiro/RJ


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Nossa resposta ao amigo Rafael Pinheiro, foi a seguinte:

Caro Rafael,

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Bem, o assunto Tesouro Direto é uma das prioridades do site ABC do Dinheiro. No Brasil, temos o privilégio de comprar diretamente títulos públicos, sem intermediários. Ao longo do tempo, iremos postar muitos artigos sobre esse assunto. Aguarde e confira!

A resposta à sua pergunta não é trivial. No Tesouro Direto podemos adquirir títulos públicos com características completamente distintas. Alguns títulos tem como característica uma rentabilidade pré-definida (ou prefixada, no jargão dos economistas), tal como as LTN e as NTN-F. Já outros títulos tem sua rentabilidade atrelada a um índice de preços (NTN-B, por exemplo). Há também títulos públicos que rendem o mesmo que a taxa Selic (LFT).


O cenário atual, fevereiro de 2011, é de expectativa de aumento da inflação, acima da meta estabelecida para esse ano (4,5%). Logo, veremos em breve o aumento da taxa Selic. Nesse cenário, o investimento em títulos atrelados à inflação (NTN-B) ou em títulos atrelados à Selic (LFT) devem apresentar um bom resultado.


Por outro lado, caso o Banco Central do Brasil comece a ganhar a "queda de braço", e os índices de inflação começarem a convergir para a meta, os títulos prefixados (LTN ou NTN-F) irão "bombar". Ou seja, tudo depende do desenrolar do atual cenário econômico. Como eu disse, a resposta não é trivial.


Trivial é responder que o investimento em LFT gera um rendimento, no mínimo, semelhante à variação da Selic. Ou seja, se você está na dúvida se os juros vão subir ou se vão cair, se a inflação vai convergir para a meta ou se vai escapar, compre LFTs. Porém lembre-se: a LFT no longo prazo gera rendimentos muito tímidos, quando comparados aos demais títulos públicos.


Vale a máxima: quando maior for o risco, maior serão os rendimentos.


Como lhe adiantei, iremos dar um foco no Tesouro Direto em nossos próxios artigos. Explicaremos como as características dos títulos públicos podem trabalhar a nosso favor, conciliando tais características com nossos objetivos e nosso horizonte de investimento.

Antes de investir no Tesouro Direto, dê uma lida no artigo "Como Investir no Tesouro Direto"
http://www.abcdodinheiro.com.br/2011/01/examecom-como-investir-no-tesouro.html e no site do Tesouro Nacional, que trás várias dicas e tutoriais bem legais.


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Abraços,

Flávio Girão Guimarães

ABC do Dinheiro

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os títulos de capitalização servem para alguém?

Os títulos de capitalização são os campeões da “empurroterapia” dos bancos. Está precisando de um crédito? Que tal um títulozinho de capitalização ajudar na aprovação do crédito? Não sabe onde investir seu dinheiro? Não tem problema, o gerente do seu banco sempre terá na manga um título de capitalização que é um excelente investimento. Não é bem assim...

Se formos avaliar os títulos de capitalização exclusivamente pela ótica financeira, ficaremos completamente desapontados, pois, os títulos de capitalização tem remuneração inferior a outras modalidades de investimento, tais como: poupança, fundos de investimento, Tesouro Direto, ações etc. Tal desvantagem, em termos de rentabilidade, se deve às taxas cobradas pelas empresas de capitalização, visando sua sustentação, seus lucros e a obtenção de recursos para o pagamento dos prêmios dos sorteios.

Além disso, ao adquirir um título de capitalização, o investidor estará adquirindo um título privado e, desta forma, estará sujeito ao risco de crédito da empresa que o emitiu. Quando isso ocorre, deveria o investidor receber um prêmio para suportar tal risco. Infelizmente, não é isso que acontece.

Quando analisamos a liquidez do título de capitalização, também ficamos desapontados. Enquanto os fundos de investimentos em renda fixa e poupança tem liquidez diária, ações e fundos de ações tem liquidez após três dias úteis e o Tesouro Direto tem liquidez semanal, os títulos de capitalização mais curtos são resgatáveis apenas após um ano. E olha que tem título de capitalização que dura longuíssimos cinco anos!

Mais uma vez, quando isso ocorre, deveria o investidor receber um prêmio, para recompensar a falta de liquidez. Infelizmente, não é isso que acontece.

Se formos analisar o título de capitalização pela ótica do sorteio, também nos decepcionaremos, pois, os prêmios, ponderados pela probabilidade de se ganhar, são próximos a zero. Logo, a pessoa que se interessa única e exclusivamente por sorteios, deveria passar em uma casa lotérica, e não em um banco.

Pelos motivos expostos, não indicamos este produto para investidores ou apostadores. Então, a capitalização serve para alguém?

Talvez. Há pessoas que simplesmente não conseguem poupar, não por falta de recursos, mas por falta de controle ou vontade. Ao adquirir um título de capitalização, tais pessoas se vêem em uma forma forçada de poupança, concorrendo a prêmios, durante a formação desta poupança forçada. Nesse caso, a falta de liquidez pode ser considerada uma vantagem.

Aliás, voltando ao início de nosso artigo, saiba que comprar um título de capitalização não vai ajudar em nada sua avaliação de crédito e, a venda casada de um título de capitalização com outros produtos não é permitido por lei. Caso isso aconteça com você, denuncie a instituição ao Banco Central do Brasil pelo telefone 0800 979 2345.

Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Análise Semanal 21/02/2011 a 25/02/2011

IMPORTANTE: As análises contidas não devem ser consideradas como recomendações de compra ou venda de ativos, tendo como principal objetivo o aprimoramento e difusão dos conhecimentos de Análise Técnica (AT). O leitor deve ter em mente que ele é o único responsável por suas decisões dentro do mercado, levando sempre em conta o risco inerente a este tipo de operação.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Calculadora: reajuste de aluguel (agosto de 2011).


Calcule o novo valor do seu aluguel. Atualização até agosto de 2011.

A maioria dos contratos de aluguel prevê um reajuste anual com base no IGP-M. O ABC do dinheiro colocou a sua disposição uma calculadora para ajudá-lo a calcular o novo valor do seu aluguel.

Como utilizar nossa calculadora?

1) Coloque o valor do aluguel anterior ao reajuste. (O formato de entrada é XXXX.XX. Ex: se o valor é R$ 1.000,50, digite 1000.50)
2) Aperte "ENTER".
3) Escolha o mês de vencimento do seu aluguel.

Pronto! A calculadora mostra qual é o novo valor do seu aluguel.


Atenção: para visualizar a calculadora é necessário que o seu navegador esteja habilitado para ler vídeos e flash. Caso não esteja conseguindo visualizar a calculadora clique aqui para acessá-la

Histórico IGP-M:





























Mês
%
jul/09
-0,43%
ago/09
-0,36%
set/09
0,42%
out/09
0,05%
nov/09
0,10%
dez/09
-0,26%
jan/10
0,63%
fev/10
1,18%
mar/10
0,94%
abr/10
0,77%
mai/10
1,19%
jun/10
0,85%
jul/10
0,15%
ago/10
0,77%
set/10
1,15%
out/10
1,01%
nov/10
1,45%
dez/10
0,69%
jan/11
0,79%
fev/11
1,00%
mar/11
0,62%
abr/11
0,45%
mai/11
0,43%
jun/11
-0,18%
jul/11
-0,12%


Outras calculadoras:

FUNDO DI, CDB, POUPANÇA OU TESOURO DIRETO? DESCUBRA AQUI!

quanto custa seu carro? clique aqui
quais são os juros do seu financiamento? clique aqui
ranking de fundos DI - fevereiro de 2011
Quanto devo contribuir para minha aposentadoria?
transformação de taxa de juros
Como escolher um plano de previdência

Calculadora Financeira ABC do dinheiro

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Como escolher um Produto de Previdência





Desde que entrei no mercado de previdência, sou frequentemente questionado sobre como escolher o produto correto para complementar a aposentadoria e garantir um futuro tranquilo. Já abordei no texto Planos de Previdência – por que é tão difícil entender?, a dificuldade de decidir sobre o melhor plano de previdência, pois são muitas as variáveis para uma “pessoa normal” decidir.
Como os produtos de seguros e previdência são muito complexos, vamos tratar com detalhe esse assunto, com o objetivo de ajudá-lo a entender melhor esse mercado e facilitar a escolha mais adequada à sua realidade. Contudo, para tentar minimizar a ansiedade de esperar por todos os textos sobre o tema, vou propor uma forma simples de escolher seu plano de previdência. Esse modelo não tem por objetivo esgotar o tema, mas deve atender sua necessidade em 90% dos casos.
Para escolher bem um plano de previdência, é importante responder 5 (cinco) perguntas:
1.       Preciso de Previdência Complementar?
  • Você tem projetos financeiros para horizontes de tempo superiores a 5 anos ou precisa de uma renda para complementar/substituir a previdência social ou quer planejar sua sucessão; PRECISA
  • Você tem projetos financeiros de curto prazo, não precisa de uma renda para complementar/substituir a previdência social e não quer planejar sua sucessão; NÃO PRECISA

2.       Um produto para acumular (PGBL/VGBL) ou receber benefício (PRI)?
  • Já tenho dinheiro acumulado e quero transformá-lo em renda; PRI
  • Tenho que acumular recursos para o futuro; PGBL/VGBL

3.       Devo comprar um VGBL ou PGBL?
  • Preencho a declaração completa de Imposto de Renda (IR) e sou contribuinte da previdência social; PGBL
  • Preencho a declaração simplificada de IR ou sou isento ou não contribuo para a previdência social; VGBL
  • Em alguns casos de renda tributável elevada, vale a pena mudar o modelo de declaração de imposto de renda da simplificada para a completa, buscando o benefício tributário do PGBL;

4.       Devo aplicar em Renda Fixa ou Variável?
  • Posso precisar do dinheiro no curto/médio prazo (menos de 5 anos) ou sou muito conservador (não aceito ver uma redução nos meus investimentos ao final de 1 mês); RENDA FIXA
  • Não vou precisar do dinheiro no curto/médio prazo, mas não aceito uma redução grande nos meus investimentos ao final de 1 ano; menos de 30% em RV
  • Sou investidor de longo prazo e aceito de forma tranqüila uma queda grande nos meus investimentos, pois acredito em uma futura recuperação; mais de 30% em RV
  •  Se não quiser fazer ajustes no percentual de renda variável com o passar do tempo (quando se aproxima o prazo para resgate ou benefício), busque produtos de Ciclo de Vida (onde o percentual aplicado em renda variável reduz a medida que se aproxima a data escolhida para sair);
5.       Devo escolher a Tabela Progressiva ou Regressiva de Imposto de Renda?
  • Posso precisar do dinheiro no curto prazo (menos de 5 anos) e/ou acredito que estarei isento de IR (sobre renda) no momento do resgate ou benefício; PROGRESSIVA
  • Não precisarei do dinheiro no curto prazo e devo estar nas faixas de renda mais elevadas de IR (sobre a renda) no momento do Resgate ou Benefício; REGRESSIVA

Após responder essas perguntas, você será capaz de decidir qual plano de previdência adquirir. Nos próximos textos, trataremos com mais detalhe cada um desses temas, permitindo entender melhor o produto, facilitando a escolha das melhores condições e da melhor seguradora para sua previdência.
Artigo escrito por Pedro Borges Neto, CFP
Leia Também

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Exame.com: quando não recompensar o filho com dinheiro

Caros leitores,

Educação financeira é coisa que se aprende no berço. Desde pequenos, nossos filhos devem ser iniciados no mundo das finanças e, assim, aprenderão naturalmente como tratar um assunto tão importante para todos.

Muitos pais e mães tem o hábito de premiar seus filhos com dinheiro, por tarefas cotidianas. Alguns especialistas, entretanto, alertam para o perigo de tal prática. Na reportagem de Gabriela Ruic, para Exame.com, são analisados certos comportamentos de nossos filhos que não devem ser premiados com dinheiro. Leia a reportagem na íntegra aqui.

Exame.com: quando não recompensar o filho com dinheiro

Caros leitores,

Educação financeira é coisa que se aprende no berço. Desde pequenos, nossos filhos devem ser iniciados no mundo das finanças e, assim, aprenderão naturalmente como tratar um assunto tão importante para todos.

Muitos pais e mães tem o hábito de premiar seus filhos com dinheiro, por tarefas cotidianas. Alguns especialistas, entretanto, alertam para o perigo de tal prática. Na reportagem de Gabriela Ruic, para Exame.com, são analisados certos comportamentos de nossos filhos que não devem ser premiados com dinheiro. Boa leitura.

Quando não recompensar o filho com dinheiro
Especialista do Moneywatch acredita que pais não devem pagar por ações que devem ser colocadas como obrigações naturais de um filho

Por Gabriela Ruic,

link para a reportagem original: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/quando-nao-recompensar-o-filho-com-dinheiro?page=1&slug_name=quando-nao-recompensar-o-filho-com-dinheiro

São Paulo - Especialista em finanças pessoais, Dan Kadlec escreve quase que diariamente um blog na rede MoneyWatch.com, intitulado “Bank of Dad”, no qual explora questões importantes na inevitável relação financeira entre pais e filhos.

Recentemente, Kadlec explicou quando é pertinente pagar seus filhos para fazerem certas coisas e quando é absolutamente condenável recompensar uma criança com meios financeiros simplesmente por ter ajudado os pais nas tarefas de casa.

Confira as situações nas quais o especialista considera ser controverso, e mesmo condenável, oferecer dinheiro para um filho, em troca de algum comportamento.

Boas notas

Um ponto controverso entre pais e educadores. Enquanto alguns defendem que crianças que são compensadas com dinheiro por seu bom desempenho escolar se esforçam mais nas tarefas acadêmicas e que a estratégia associa o trabalho à recompensas financeiras, Kadlec é veemente contra a prática.

Segundo ele, dar dinheiro para seus filhos só porque tiraram boas notas irá recompensá-los por algo que deve ser visto como uma obrigação, uma responsabilidade da criança. Além disso, o especialista crê que isso pode causar competição entre irmãos e problemas de auto-estima naquele cujo o desempenho na escola não é tão bom.

Tarefas em casa

Mais uma controvérsia. Segundo Kadlec, alguns especialistas em finanças nos Estados Unidos acreditam ser inteligente ligar tarefas em casa (como arrumar o quarto ou lavar a louça do jantar) a mesadas, associando trabalho a pagamentos.

Ele diz ser contrário a essa prática porque isso não faz com que a criança se sinta um membro ativo da família. Para Kadlec, pagar o filho por ele ter alimentado o animal de estimação pode sugerir que ele não faz parte daquele vínculo familiar. Ele, no entanto, diz é válido que os filhos procurem meios de ganhar dinheiro além da mesada.

Marcar Presença

Crianças, alerta Kadlec, não devem ser recompansadas financeiramente por irem à escola, para a casa dos avós ou aparecerem na apresentação de piano de um irmão. “O que vem depois disso? Subornar uma criança para gostar de você?” questiona.

Bom comportamento

“Não se paga para ficar quieto no teatro ou por respeitar outras pessoas” considera. De acordo com ele, se comportar de maneira apropriada, seja em casa ou na comunidade, faz parte do perfil de um ser humano equilibrado.

Boas ações

Ele alerta nesse ponto que existem diferenças entre prestar serviços de voluntariado em organizações de caridade, o que, segundo Kadlec, é importante para a construção de um bom currículo. Pagar por certos tipos de boas ações, como o exemplo acima, é uma coisa, mas, recompensar seu filho por ter ajudado uma senhora de idade a carregar as compras, é outra. Certas ações, concluí Kadlec, devem ser incentivadas pelo coração, e não pelo bolso.

Leia também: 15 Coisas que as crianças devem saber sobre dinheiro

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Calculadora: quanto custa um carro?


A primeira resposta que vem a cabeça é o valor pago no momento da aquisição do automóvel ou seu atual valor de mercado. Porém, estes não refletem os custos de um carro. Na maior parte dos casos, o carro é um passivo, pois tende a se desvalorizar com o tempo, gerando despesas para seu proprietário. Então, quanto custa o seu carro? Quanto você tem que desembolsar, direta ou indiretamente, para mantê-lo?

Para responder estas perguntas, temos que conhecer quais são os custos envolvidos na utilização e manutenção de um automóvel. São eles:
1) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), seguro DPVAT e licenciamento anual;

2) seguro;

3) manutenção e/ou revisão;

4) combustível;

5) depreciação;

6) outros gastos menores, mas não menos relevantes, como estacionamento, lavagem entre outros;

7) custo de oportunidade.

Dentre os custos supracitados, os custos indiretos são os menos intuitivos e mais relevantes. A depreciação pode ser entendida como a perda de valor do veículo ao longo do tempo. A depreciação costuma ser inversamente proporcional ao ano do veículo. Quanto mais antigo um veículo, menor é a sua depreciação, seja em termos percentuais, seja em valores monetários. Inclusive, existem veículos que se apreciam com o passar dos anos. Um carro antigo desejado por colecionadores é um bom exemplo deste fenômeno.

O custo de oportunidade é um termo desconhecido da maioria. Termo proveniente da economia, representa o custo de aquisição de uma determinada coisa em detrimento da melhor oportunidade perdida. Em outras palavras, é aquilo que se deixou de ganhar para se adquirir um determinado bem. Por exemplo, se o automóvel não fosse adquirido, os recursos teriam outro destino. A melhor opção de investimento poderia ser a aquisição de um título público. Assim, para adquirir o automóvel, o proprietário abriu mão dos rendimentos deste título. O custo de oportunidade desta operação seria o rendimento do título, já que esta seria a melhor oportunidade perdida por ocasião da aquisição do automóvel.

Os custos diretos são intuitivos e fáceis de calcular. Alguns têm seus valores conhecidos, como seguro, IPVA, seguro DPVAT e licenciamento anual. Gastos com combustível, manutenção, revisão, estacionamento e lavagem necessitam ser estimados.

Para que você possa calcular o custo anual de seu carro, colocamos a disposição uma calculadora que leva em consideração todos estes fatores, inclusive depreciação e custo de oportunidade. Divirta-se!



Atenção: para visualizar a calculadora é necessário que o seu navegador esteja habilitado para ler vídeos e flash. Caso não esteja conseguindo visualizar a calculadora clique aqui para acessá-la

Campos da calculadora:

1) valor de mercado: valor atual do veículo no mercado.
2) R$/L combustível: custo do litro do combustível utilizado para calcular o rendimento do carro (item 4).
3) ano: ano de fabricação do veículo.
4) Km/L: rendimento do automóvel medido em quilômetros por litro.
5) Km rodados/mês: média de quilômetros rodados por mês. Essa conta pode ser estimada pelo total de quilômetros rodados em um ano divididos por 12.
6) Seguro/ano: valor gasto com seguro em um ano. Se não foi contratado nenhum seguro, escolha zero.
7) Revisão (manutenção)/ano: gasto anual com revisões e/ou manutenções. Nesse campo deve-se considerar as tocar periódicas de óleo, pneus, alinhamento, balanceamento e outros gastos de manutenção. No caso de carros novos, deve ser considerado o custo das revisões periódicas.
8) IPVA: gastos com IPVA, seguro DPVAT e licenciamento anual.
9) Outros gastos/mês: considerar os gastos mensais com lavagens, estacionamento e outros desconsiderados nos campos acima.
10) Custo anual: custo anual de manutenção do veículo, considerando os custos diretos e indiretos. O custo anual é calculado pela soma do gasto com combustível, seguro, IPVA, revisão/manutenção, outros gastos, depreciação e custo de oportunidade. A depreciação depende da idade do veículo. O custo de oportunidade é de 8% ao ano.

Artigo escrito por Gustavo Garcia

Outras calculadoras:

Reajuste de aluguel
Quais são os juros do seu financiamento?
Ranking de fundos de investimento DI

Análise semanal de 14/02/2011 a 18/02/2001



IMPORTANTE: As análises contidas não devem ser consideradas como recomendações de compra ou venda de ativos, tendo como principal objetivo o aprimoramento e difusão dos conhecimentos de Análise Técnica (AT). O leitor deve ter em mente que ele é o único responsável por suas decisões dentro do mercado, levando sempre em conta o risco inerente a este tipo de operação.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Exame.com: 15 coisas que as crianças devem saber sobre dinheiro

Na excelente reportagem de Julia Wiltgen, veiculada na Exame.com, descobrimos algumas dicas interessantes de como ensinar desde cedo nossas crianças a lidar com dinheiro. Boa leitura!

Em um país de "analfabetos" financeiros, nunca é demais ensinar nossos filhos e filhas a importância de poupar, investir, evitar empréstimos e empreender. Leia a reportagem aqui.

Exame.com: 15 coisas que as crianças devem saber sobre dinheiro

Muita gente me diz, resignada, que tem uma relação conturbada, senão desastrada, com o dinheiro. Entre as muitas desculpas que ouço, destaca-se a falta de educação financeira. Na verdade, educação financeira nunca foi tratada como merecia pelos brasileiros e, agora que temos uma economia estável, vemos que muita gente não sabe lidar com o dinheiro.

A relação com o mundo das finanças, mesmo que muitos não concordem, deve começar desde cedo. Um brasileirinho bem instruído financeiramente hoje será um adulto sem problemas financeiros amanhã, independentemente de seus rendimentos. Saberá viver bem com o que ganha, sem excessos e aventuras.

Na excelente reportagem de Julia Wiltgen, veiculada na Exame.com, descobrimos algumas dicas interessantes de como ensinar desde cedo nossas crianças. Boa leitura!

15 coisas que as crianças devem saber sobre dinheiro
Poupar, investir, evitar empréstimos, empreender - o que os pais devem ensinar a seus filhos antes que eles cresçam

Por Julia Wiltgen

link para a reportagem original: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/15-coisas-que-as-criancas-devem-saber-sobre-dinheiro

São Paulo - Educação financeira deve começar cedo, de preferência na infância, a partir do momento em que a criança começa a ganhar sua mesada. Porém, muitos pais ficam perdidos na hora de falar sobre dinheiro com seus filhos, sem saber a hora certa de introduzir a mesada, o cartão de crédito, de falar de trabalho ou de abrir mão da “corujice” para que os jovens conquistem sua independência. Pensando nisso, a educadora financeira Silvia Alambert, diretora do programa “The Money Camp” no Brasil, elaborou 15 regras de ouro que pais e filhos devem saber sobre dinheiro.

1) Somente gaste dinheiro depois de pagar a si mesmo.

Em outras palavras, antes de gastar, poupe uma parcela do que recebeu e guarde-a no porquinho como forma de “remuneração a si mesmo”. Para as crianças, o ideal é sempre separar 10% da quantia recebida, já que a cifra redonda facilita o cálculo dos mais jovens. O percentual pode crescer à medida que a renda aumenta e, no futuro, essa poupança pode ser investida. “A melhor época para se poupar bastante é a juventude, quando não existem compromissos como filhos e longos financiamentos”, arremata Silvia Alambert.

2) O dinheiro é apenas uma ferramenta para se alcançar sonhos.

Quando as crianças começarem a pedir coisas, é hora de considerar a introdução da mesada, pois significa que elas já entenderam a função social do dinheiro. Para definir o valor ideal, uma dica é sondar com outros pais do convívio social quanto seus filhos recebem. “O valor não pode ser tão alto que sobre muito, nem tão baixo que a criança se sinta excluída de seu grupo”, diz Silvia Alambert. Seja qual for o valor, o mais importante é que ele caiba com folga no orçamento da família e acompanhe o aumento dos preços e do padrão de consumo das crianças ao longo dos anos. Para que a mesada cumpra o objetivo de ensinar as crianças a gerenciar o dinheiro, é essencial que os pais nunca faltem com o pagamento.

3) Quem administra bem 1 real saberá administrar 1.000.000 de reais.

Seja qual for o valor da mesada, ela deve durar por todo o mês ou semana, dependendo da periodicidade adotada pela família. Se o dinheiro acabar antes do tempo, os pais não devem ceder. Nada de dar ou emprestar dinheiro. “Essa não é a realidade da vida adulta. A criança precisa entender que dinheiro é um recurso finito. Se você tem, pode gastar. Se não tem, não pode”, aconselha a educadora. Mais do que isso, as crianças não devem se acostumar a recorrer a empréstimos, para não levarem esse mau hábito para a vida adulta. “Recorrer aos bancos é apenas para quem já entende bem como as coisas funcionam, e deve ser encarado como exceção”, ressalva.

4) Seu conhecimento é o que o levará a gerar riqueza. Compartilhar as tarefas de casa faz parte do bom convívio familiar.

Ganhar mesada não deve implicar ajudar em casa e vice-versa. Segundo Silvia, a mesada é uma ferramenta educacional, e não um salário. Por outro lado, ajudar nas tarefas de casa deve ser obrigação de todos os membros da família, sem necessidade de remuneração. “É um grande erro associar as tarefas domésticas à mesada. Os filhos podem começar a cobrar para fazer as coisas, ou então deixar de cumprir suas obrigações quando não estiverem precisando de dinheiro”, explica a educadora. Os filhos devem entender que não é trabalhar em troca de uma recompensa que faz alguém enriquecer, mas sim a forma como a pessoa aplica seu conhecimento sobre finanças e trabalho no seu dia a dia.

5) Se precisar de orientação sobre o bom uso do dinheiro, estou aqui.

Os pais não devem impor o que os filhos devem fazer com o dinheiro, nem proibir seus gastos. Uma boa maneira de ensinar sobre o que é importante e o que é supérfluo é fazer com que os filhos paguem da própria mesada seus gastos extras, como a pizza do meio da semana ou a ida a uma lanchonete na última sexta-feira do mês. A ideia não é classificar certas despesas como “inúteis”, mas sim incentivar as crianças a pensarem bem antes de gastar o dinheiro com itens que não sejam essenciais.

6) Estude para se tornar um bom empregador.

Aos 13 anos de idade, é bom que as crianças já comecem a pensar em maneiras de ganhar dinheiro quando tiverem 16, idade mínima para se começar a trabalhar no Brasil. Isso não significa que elas terão, necessariamente, que arrumar um emprego formal, mas devem, pelo menos, buscar fontes de renda alternativas à mesada. E aí, vale usar a criatividade: criar brechós para vender roupas, livros e outros itens que não sejam mais usados, alugar os próprios games pela internet, fazer bijuteria para vender, e assim por diante. Para Silvia Alambert, os pais devem ensinar a ideia de que o dinheiro vem do trabalho e do empreendedorismo. “No mercado, hoje em dia, há muita pressão. Não se deve mais pensar em ser empregado, mas em se tornar um bom empregador quando adulto”, afirma.

7) Aproveite para quebrar enquanto você ainda é jovem.

Muita gente quebra quando consegue o primeiro emprego e começa a usar recursos como cheque, cartão de crédito e outras formas de endividamento. Mas se a pessoa tiver que quebrar para aprender, o melhor é que isso aconteça ainda na infância ou na adolescência. “Os pais devem deixar o filho quebrar e resistir a suas queixas quando ele estiver em casa no fim de semana porque gastou demais. Essa dor será inesquecível, e quando chegar o primeiro cartão de crédito, ele vai lembrar”, diz Silvia.

8) Não mate a sua “galinha dos ovos de ouro”.

Não se deve gastar mais do que a metade do que foi poupado. A outra metade deve continuar no porquinho. Os pais devem ensinar que é essencial sempre deixar um dinheiro de reserva para emergências e para evitar endividamento em horas de dificuldade.

9) O melhor investimento é também o de maior risco.

A partir dos dez anos de idade, as crianças já tem capacidade de entender como funciona uma empresa, quais são suas estratégias para crescer, o que são ações, quem são os gestores e os clientes. É claro que tudo vai depender da maneira como o assunto for abordado, mas essa é a fase ideal para ensinar aos filhos sobre o funcionamento, os riscos e os benefícios do mercado de ações. Uma boa ideia é usar exemplos reais e em pequena escala: levar os pequenos para visitar uma loja do comércio local e ouvir a história de empreendedorismo do comerciante é uma alternativa.

10) Usar cartão de crédito é o mesmo que usar dinheiro que não é seu. Se o pagamento atrasar, será preciso dar ainda mais dinheiro a quem lhe emprestou.

Em tempos de comércio virtual, o cartão de crédito se tornou um item quase essencial. O problema é que muitos pais concedem essa facilidade aos filhos sem que eles tenham idade ou informação suficiente para usá-lo com responsabilidade. Para Silvia Alambert, a melhor idade para se introduzir o cartão de crédito é aos 14 anos. Antes disso, a mesada deve ser concedida sempre em espécie, para que a criança aprenda a manusear o dinheiro. “O grande problema das pessoas com o cartão de crédito é o fato de elas não verem o dinheiro, o que torna mais fácil passar dos limites”, explica a educadora.

O mais importante, porém, é explicar que o cartão de crédito é uma forma de empréstimo, e que atrasar o pagamento implica pagar juros. Se mesmo assim o adolescente extrapolar os limites, deve haver uma punição. Por exemplo, se o saldo for excedido uma vez, o jovem perde o cartão por uma semana. Se o excesso acontecer de novo, perde o cartão até que a dívida seja totalmente quitada. E assim por diante.

11) “Investir” em coisas que perdem o valor não é inteligente. Inteligente é investir em coisas que fazem mais dinheiro por você.

Investimentos são mais inteligentes que longos financiamentos para comprar bens que perdem valor ao longo do tempo. Em vez de parcelar em dezenas de vezes um celular de última geração, ou mesmo um carro, o melhor é poupar, aplicar o dinheiro e fazer a compra à vista ou em um menor número de parcelas, pagando menos juros.

12) Fazer o bem faz bem.

Os pais devem ensinar aos filhos a se sentirem bem ao doar para os mais necessitados, desde que também se planejem para isso. Quem se sente bem doando dinheiro pode separar uma parcela de seus rendimentos – digamos, 5% - especialmente para essa finalidade. Quem prefere doar seu tempo e sua atenção pode também reservar seu horário semanal ou mensal para um trabalho voluntário, por exemplo. Para Silvia Alambert, a doação deve estar incorporada à rotina de quem tem uma vida confortável. “Se eu tenho dinheiro, por que não fazer bem ao próximo? Educação financeira não é só para o nosso próprio bem, mas para o bem de todos à nossa volta”, acredita.

13) Não há mágica. A vida financeira futura é feita das escolhas no presente.

Para realizar nossos sonhos no futuro, precisamos fazer sacrifícios no presente. E alguns sonhos devem ser encarados como objetivos coletivos, pelos quais a família inteira deve batalhar unida. Mandar os filhos para a faculdade, comprar uma casa própria ou até mesmo um carro para a família são sonhos de maior porte e que precisam de mais planejamento. Por eles, toda a família deve estar disposta a se sacrificar e cortar despesas.

14) Riqueza não é uma questão de status e vai além das coisas materiais que podemos conquistar.

Os conceitos de pobreza e riqueza variam de acordo com o ponto de vista e a capacidade de cada um de realizar seus sonhos. Essas definições devem ser trabalhadas de maneira a não tornar as crianças “escravas” de bens materiais, evitando que elas associem o sucesso a ter dinheiro.

15) Em algum momento seu filho deverá ser avisado que o “Banco do Papai e da Mamãe” encerrou as atividades.

Muitos pais reclamam que seus filhos estão adultos e nem pensam em sair de casa, mas incentivá-los nesse sentido também é sua responsabilidade. Um jovem de vinte e poucos anos que ganha seu salário, mas não ajuda nas despesas da casa dificilmente vai querer morar sozinho. E se os pais não disserem nada, ele certamente não irá entender que já é hora de sair. “Os pais devem despertar na criança o desejo de criar asas para voar quando estiverem adultas. Assim que o jovem começa a ganhar um salário, mesmo que em um estágio, ele já pode começar a ajudar em casa. Só assim ele terá, no futuro, desejo de buscar sua independência”, finaliza Silvia Alambert.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Planos de Previdência - Por que é tão difícil entender?

O que você faria se fosse abordado por um vendedor de previdência com a proposta abaixo?

“Bom dia Senhor,

Gostaríamos de lhe oferecer um produto fantástico. Trata-se de um PGBL com Carregamento de 2%, por aporte, e Taxa de Gestão de 1,5% a.a. que aplica 15% das reservas em Renda Variável, e garante um Benefício atrelado à Tábua Atuarial AT2000 com atualização pelo IPCA + Excedente Financeiro.

Com esse produto o senhor terá um Benefício Tributário na DIRPF, além de não sofrer com o Come-Cotas sobre os rendimentos e poderá escolher a Tabela Regressiva para o recolhimento do IR.

O que o senhor acha do produto? Tem interesse?
A partir do texto apresentado, é fácil entender por que é difícil entender os planos de previdência, pois até um especialista tem dificuldade detalhar o produto. Essa dificuldade pode ser explicada por 3 (três) motivos:
  • O grande número de variáveis para entender e avaliar;
  • A pouca educação financeira da população; e
  • A falta de preparo dos vendedores.
A primeira dificuldade surge quando o participante decide adquirir um Plano de Previdência e se depara com um conjunto muito grande de variáveis, que precisam ser entendidas, e decisões, que precisam ser tomadas, a fim de escolher o produto que mais se adéqua ao seu perfil.
Dentre as muitas decisões que o participante tem que tomar, estão: comprar um PGBL ou VGBL, de Renda Fixa ou Variável, com Tabela Regressiva ou Progressiva de Imposto de Renda. Além disso, é preciso conhecer alguns conceitos como: Acumulação e Benefício, IPCA e IGP-M, Títulos Públicos e Privados, Renda Fixa e Renda Variável, MtM e HtM, Risco e Retorno, etc. Iremos tratar todos esses temas em outro momento.
A segunda dificuldade na negociação de um plano de previdência é a falta de educação financeira da população. Na escola aprendemos cálculos complexos de física, reações químicas e todos os sistemas que compõem uma célula, mas não estudamos as mais simples ferramentas para administrar nossas finanças.
Essa falha no sistema educacional faz com que as escolas formem cidadãos que não sabem o que é um fundo de investimento, um título público ou uma ação. Essas mesmas pessoas não têm a mínima idéia de como funcionam os juros compostos (para o bem e para o mal). Essa falta de conhecimento faz com que deixem de fazer poupança, onde o juro trabalha a seu favor, para fazer dívida (cheque especial, rotativo do cartão de crédito,...), tendo o juros trabalhando contra. Depois veremos  o impacto do juro composto no tempo, mas, adiantando, é melhor que ele esteja do seu lado que contra você.
Por fim, mas não menos importante, temos que entender que as pessoas que vendem os produtos de previdência, normalmente, não estão bem preparadas. Essa deficiência não ocorre somente por desinteresse, mas, principalmente, pela quantidade de produtos que são obrigados a conhecer e comercializar. É humanamente impossível ser especialista em todos.
O dialogo abaixo (imaginário, mas nem tanto) ilustra as dificuldades de um vendedor no seu primeiro dia de trabalho.
 “Bom dia João! Seja bem vindo ao seu primeiro dia de trabalho no Banco XPTO. Aqui está o manual dos nossos 157 produtos para que tire suas dúvidas. Não preciso dizer que não terá muito tempo livre... veja! lá vem o seu primeiro cliente... vamos, não podemos perder negócios...”
Esses obstáculos individualmente já seriam suficientes para dificultar o entendimento do produto, mas o que ocorre normalmente é a soma de todas, tornando quase impossível que o cliente saiba exatamente o que está comprando, gerando dúvidas e questionamentos futuros, com impacto para as empresas e os participantes.
Artigo escrito por Pedro Borges Neto, CFP

Planos de Previdência - Por que é tão difícil entender?





O que você faria se fosse abordado por um vendedor de previdência com a proposta abaixo?

“Bom dia Senhor,

Gostaríamos de lhe oferecer um produto fantástico. Trata-se de um PGBL com Carregamento de 2%, por aporte, e Taxa de Gestão de 1,5% a.a. que aplica 15% das reservas em Renda Variável, e garante um Benefício atrelado à Tábua Atuarial AT2000 com atualização pelo IPCA + Excedente Financeiro.

Com esse produto o senhor terá um Benefício Tributário na DIRPF, além de não sofrer com o Come-Cotas sobre os rendimentos e poderá escolher a Tabela Regressiva para o recolhimento do IR.

O que o senhor acha do produto? Tem interesse?
A partir do texto apresentado, é fácil entender por que é difícil entender os planos de previdência, pois até um especialista tem dificuldade detalhar o produto. Essa dificuldade pode ser explicada por 3 (três) motivos:
  • O grande número de variáveis para entender e avaliar;
  • A pouca educação financeira da população; e
  • A falta de preparo dos vendedores.
A primeira dificuldade surge quando o participante decide adquirir um Plano de Previdência e se depara com um conjunto muito grande de variáveis, que precisam ser entendidas, e decisões, que precisam ser tomadas, a fim de escolher o produto que mais se adéqua ao seu perfil.
Dentre as muitas decisões que o participante tem que tomar, estão: comprar um PGBL ou VGBL, de Renda Fixa ou Variável, com Tabela Regressiva ou Progressiva de Imposto de Renda. Além disso, é preciso conhecer alguns conceitos como: Acumulação e Benefício, IPCA e IGP-M, Títulos Públicos e Privados, Renda Fixa e Renda Variável, MtM e HtM, Risco e Retorno, etc. Iremos tratar todos esses temas em outro momento.
A segunda dificuldade na negociação de um plano de previdência é a falta de educação financeira da população. Na escola aprendemos cálculos complexos de física, reações químicas e todos os sistemas que compõem uma célula, mas não estudamos as mais simples ferramentas para administrar nossas finanças.
Essa falha no sistema educacional faz com que as escolas formem cidadãos que não sabem o que é um fundo de investimento, um título público ou uma ação. Essas mesmas pessoas não têm a mínima idéia de como funcionam os juros compostos (para o bem e para o mal). Essa falta de conhecimento faz com que deixem de fazer poupança, onde o juro trabalha a seu favor, para fazer dívida (cheque especial, rotativo do cartão de crédito,...), tendo o juros trabalhando contra. Depois veremos  o impacto do juro composto no tempo, mas, adiantando, é melhor que ele esteja do seu lado que contra você.
Por fim, mas não menos importante, temos que entender que as pessoas que vendem os produtos de previdência, normalmente, não estão bem preparadas. Essa deficiência não ocorre somente por desinteresse, mas, principalmente, pela quantidade de produtos que são obrigados a conhecer e comercializar. É humanamente impossível ser especialista em todos.
O dialogo abaixo (imaginário, mas nem tanto) ilustra as dificuldades de um vendedor no seu primeiro dia de trabalho.
 “Bom dia João! Seja bem vindo ao seu primeiro dia de trabalho no Banco XPTO. Aqui está o manual dos nossos 157 produtos para que tire suas dúvidas. Não preciso dizer que não terá muito tempo livre... veja! lá vem o seu primeiro cliente... vamos, não podemos perder negócios...”
Esses obstáculos individualmente já seriam suficientes para dificultar o entendimento do produto, mas o que ocorre normalmente é a soma de todas, tornando quase impossível que o cliente saiba exatamente o que está comprando, gerando dúvidas e questionamentos futuros, com impacto para as empresas e os participantes.
Artigo escrito por Pedro Borges Neto, CFP