quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LTN - Letra do Tesouro Nacional

A Letra do Tesouro Nacional, também conhecida por LTN, é um título público de emissão do Tesouro Nacional prefixado e sem pagamento de cupom.

Como funciona a LTN

O valor da LTN é sempre igual a R$ 1.000,00 na data de vencimento. Por isso, dizemos que a LTN é um título prefixado. Outra característica da LTN é que não são feitos pagamentos de juros (cupom) entre a data da compra do título e a data de vencimento do título.

Abaixo, reproduzimos o fluxo de pagamento da LTN, disponível na página do Tesouro Direto na internet (aqui).


Para quem é indicada a LTN?

Por ser um título prefixado, a rentabilidade da LTN é pré-determinada pelo preço de compra do título e o prazo para seu vencimento. Porém, isso só é verdade se o investidor mantiver o título em carteira até a data de vencimento. Para ilustrar, suponha que você adquiriu uma LTN hoje, por R$ 890,00, com vencimento em um ano. Neste caso, a rentabilidade do título, até seu vencimento será de:

R$ 1.000,00/R$ 890,00 - 1 = 0,1236 ou 12,36% ao ano.

O preço da LTN no dia a dia, porém, sofre influencia das taxas de juros de mercado. Quanto maior for a taxa de juros vigente, menor será o preço do título público (e vice-versa). Portanto, o investidor que não se dispuser a manter o título até seu vencimento pode, a depender da taxa de juros vigente, obter uma rentabilidade maior (ou menor) que a rentabilidade pré-determinada na compra do título.

Tal título é especialmente indicado para quem tem um compromisso financeiro em data certa, como por exemplo o pagamento das chaves de um imóvel, ou a compra de um automóvel, já que o investidor saberá exatamente quanto terá na data de vencimento do título, já que, como dissemos no início deste artigo, cada LTN valerá, no seu vencimento, R$ 1.000,00.

A LTN é o segundo passo para quem está iniciando  na plataforma do Tesouro Direto, pois diferentemente do que ocorre com a LFT, as LTN carrega algum risco de risco de mercado, já que seu preço oscila no dia a dia ao sabor das variações nas taxas de juros de mercado. Porém, tal como ocorre com os demais títulos públicos, a LTN tem baixíssimo risco de crédito.

Para conhecer a metodologia completa de precificação da LTN, clique aqui.

Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

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    segunda-feira, 13 de outubro de 2014

    COPOM


    O Comitê de Política Monetária (Copom) é um órgão do Banco Central do Brasil (BCB), que tem por objetivo definir o valor da taxa Selic. Além disso, o Copom é responsável pelas demais diretrizes da política monetária brasileira. Criado em junho de 1996, o Copom é constituído pelos diretores do BCB e suas reuniões ocorrem a cada 45 dias.

    Sistema de Metas para a Inflação

    O Copom é parte fundamental do sistema de metas para a inflação, adotado no Brasil desde 1999, através do Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999. Desta forma, a meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cabendo ao Copom a tarefa de ajustar a política monetária adotada no Brasil (especialmente o valor da taxa Selic) para cumprir a meta de inflação estabelecida.

    Segundo o mesmo Decreto, em seu art. 4º, se as metas não forem atingidas, o presidente do BCB deverá divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, providências e prazo para o retorno da inflação aos limites estabelecidos, bem como o prazo para que as providências produzam efeitos.

    As reuniões do Copom dividem-se em dois dias. No primeiro dia (terça-feira) os chefes de departamento do BCB apresentam uma ampla análise economia brasileira (inflação, atividade, contas públicas, balança de pagamento, câmbio etc.). No segundo dia (quarta-feira) os diretores do BCB decidem a taxa Selic, em votação.

    Para saber mais informações sobre o Copom, bem como as atas, apresentações técnicas, calendário das reuniões, comunicados, e o histórico da taxa Selic, acesse a página do comitê no sítio do BCB (aqui).