segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Imposto de Renda: restituição 2014

A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disponibilizou em seu site na internet a consulta ao sétimo e último lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física 2014 (ano-base 2013). Os contemplados neste lote receberão sua restituição no dia 16 de dezembro. Os valores serão corrigidos pela Taxa Selic do período, 7,21%. Para consultar se você foi ou não contemplado neste lote de restituição, clique aqui.

Calendário de restituição

Abaixo, apresentamos o calendário da de restituição do Imposto de Renda 2014 (ano-base 2013):
  1. 16/06/2014 - correção de 1,87%;
  2. 15/07/2014 - correção de 2,69%;
  3. 15/08/2014 - correção de 3,64%;
  4. 16/09/2014 - correção de 4,51%;
  5. 15/10/2014 - correção de 5,42%;
  6. 18/11/2014 - correção de 6,37%;
  7. 16/12/2014 - correção de 7,21%.

e-CAC

A RFB disponibiliza em sua página na internet um extrato simplificado da declaração de imposto de renda e, através deste extrato, é possível verificar a situação das últimas declarações. Se as mesmas foram processadas ou se já foram encontradas pendências. Caso existam pendências de fácil solução, basta encaminhar à RFB uma declaração retificadora e aguardar o processamento. Caso as pendências sejam corretamente retificadas, você pode vir a receber a restituição em um próximo lote de restituição.

O Blog ABC do Dinheiro disponibilizou um artigo com o passo-a-passo para acessar o Centro Virtual de Atendimento da RFB, também conhecido como e-CAC, bem como o extrato das últimas declarações. Para acessar o artigo, clique  aqui.

    segunda-feira, 17 de novembro de 2014

    Risco de Crédito

    Cuidado! Risco!

    Risco de Crédito = Calote

    O risco crédito é o risco de perda de capital ou perda de um valor a receber que advém da incapacidade de um devedor reembolsar um empréstimo ou não cumprir uma obrigação contratual. Em geral, os investidores são compensados por assumir o risco de crédito.

    Risco de Crédito X Retorno

    Quanto maior o risco de crédito, maior será o retorno que os investidores irão exigir para financiar um emissor de dívida. Para exemplificar a afirmação anterior, vamos utilizar um exemplo corriqueiro: suponha que dois parentes seus peçam a você R$ 5 mil emprestados, cada.

    Um dos parentes é seu irmão, que tem um bom emprego, um bom patrimônio e costuma honrar com todos os seus compromissos. O empréstimo de R$ 5 mil que ele te pediu terá como destino o pagamento da última parcela de uma reforma no apartamento dele.

    Já o outro parente é a sua irmã que, apesar de um bom emprego, gasta toda a renda em futilidades. O empréstimo de R$ 5 mil servirá para ela amortizar parte de sua substancial dívida com o cartão de crédito. Além da dívida com o cartão, sua irmã está devendo várias prestações do financiamento do automóvel e o limite do cheque-especial já está estourado há muito tempo.

    Por serem seus irmãos, você decide emprestar R$ 5 mil, para cada. Porém, no seu íntimo, você tem esperança de receber de volta os R$ 5 mil emprestados para o seu irmão. Já o dinheiro emprestado para a sua irma...

    Esse exemplo caricato serve para exemplificarmos o risco de crédito. O risco de crédito percebido pelo nosso personagem em relação à irmã é maior que o risco de crédito do irmão. Se, ao invés de irmãos, os personagens não tivessem nenhuma ligação de parentesco e afinidade um com o outro, provavelmente nosso personagem cobraria mais pelo empréstimo à personagem perdulária (ou sequer emprestaria o recurso) do que pelo empréstimo ao personagem financeiramente equilibrado.

    Colateral

    O risco de crédito, por sua vez, pode ser reduzido através da oferta de garantias por parte do tomador do empréstimo, tal como o imóvel, nos financiamentos imobiliários. Neste caso, o custo do financiamento será menor do que o custo de um empréstimo sem qualquer garantia. Tais garantias são conhecidas no mercado financeiro como "colaterais".

    Agência de Rating

    Por fim, existem empresas especializadas na avaliação de risco de crédito, entre outros, de companhias, instituições financeiras e até governos soberanos. Tais empresas são chamadas de agências de rating. Tais agências classificam o risco dos emissores com notas que distinguem os emissores com baixo risco de crédito, até aqueles que se encontram insolventes. Abaixo apresentamos uma tabela com as notas das principais agência de rating do mundo. São elas: Standard & Poor's (S&P), a Moody's e Fitch Ratings (Fitch).

    Moody's
    S&P
    Fitch
    Descrição
    Aaa
    AAA
    AAA
    Prime
    Aa1
    AA+
    AA+
    Grau elevado
    Aa2
    AA
    AA
    Aa3
    AA-
    AA-
    A1
    A+
    A+
    Grau médio elevado
    A2
    A
    A
    A3
    A-
    A-
    Baa1
    BBB+
    BBB+
    Grau médio baixo
    Baa2
    BBB
    BBB
    Baa3
    BBB-
    BBB-
    Ba1
    BB+
    BB+
    Grau de não-investimento especulativo
    Ba2
    BB
    BB
    Ba3
    BB-
    BB-
    B1
    B+
    B+
    Altamente especulativo
    B2
    B
    B
    B3
    B-
    B-
    Caa1
    CCC+
    Risco substancial
    Caa2
    CCC
    Extremamente especulativo
    Caa3
    CCC-
    CCC
    Em moratória com uma pequena expectativa de recuperação
    Ca
    CC
    C
    C
    C
    D
    DDD
    Em moratória
    DD
    D


    Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

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    quarta-feira, 22 de outubro de 2014

    LTN - Letra do Tesouro Nacional

    A Letra do Tesouro Nacional, também conhecida por LTN, é um título público de emissão do Tesouro Nacional prefixado e sem pagamento de cupom.

    Como funciona a LTN

    O valor da LTN é sempre igual a R$ 1.000,00 na data de vencimento. Por isso, dizemos que a LTN é um título prefixado. Outra característica da LTN é que não são feitos pagamentos de juros (cupom) entre a data da compra do título e a data de vencimento do título.

    Abaixo, reproduzimos o fluxo de pagamento da LTN, disponível na página do Tesouro Direto na internet (aqui).


    Para quem é indicada a LTN?

    Por ser um título prefixado, a rentabilidade da LTN é pré-determinada pelo preço de compra do título e o prazo para seu vencimento. Porém, isso só é verdade se o investidor mantiver o título em carteira até a data de vencimento. Para ilustrar, suponha que você adquiriu uma LTN hoje, por R$ 890,00, com vencimento em um ano. Neste caso, a rentabilidade do título, até seu vencimento será de:

    R$ 1.000,00/R$ 890,00 - 1 = 0,1236 ou 12,36% ao ano.

    O preço da LTN no dia a dia, porém, sofre influencia das taxas de juros de mercado. Quanto maior for a taxa de juros vigente, menor será o preço do título público (e vice-versa). Portanto, o investidor que não se dispuser a manter o título até seu vencimento pode, a depender da taxa de juros vigente, obter uma rentabilidade maior (ou menor) que a rentabilidade pré-determinada na compra do título.

    Tal título é especialmente indicado para quem tem um compromisso financeiro em data certa, como por exemplo o pagamento das chaves de um imóvel, ou a compra de um automóvel, já que o investidor saberá exatamente quanto terá na data de vencimento do título, já que, como dissemos no início deste artigo, cada LTN valerá, no seu vencimento, R$ 1.000,00.

    A LTN é o segundo passo para quem está iniciando  na plataforma do Tesouro Direto, pois diferentemente do que ocorre com a LFT, as LTN carrega algum risco de risco de mercado, já que seu preço oscila no dia a dia ao sabor das variações nas taxas de juros de mercado. Porém, tal como ocorre com os demais títulos públicos, a LTN tem baixíssimo risco de crédito.

    Para conhecer a metodologia completa de precificação da LTN, clique aqui.

    Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

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      segunda-feira, 13 de outubro de 2014

      COPOM


      O Comitê de Política Monetária (Copom) é um órgão do Banco Central do Brasil (BCB), que tem por objetivo definir o valor da taxa Selic. Além disso, o Copom é responsável pelas demais diretrizes da política monetária brasileira. Criado em junho de 1996, o Copom é constituído pelos diretores do BCB e suas reuniões ocorrem a cada 45 dias.

      Sistema de Metas para a Inflação

      O Copom é parte fundamental do sistema de metas para a inflação, adotado no Brasil desde 1999, através do Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999. Desta forma, a meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cabendo ao Copom a tarefa de ajustar a política monetária adotada no Brasil (especialmente o valor da taxa Selic) para cumprir a meta de inflação estabelecida.

      Segundo o mesmo Decreto, em seu art. 4º, se as metas não forem atingidas, o presidente do BCB deverá divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, providências e prazo para o retorno da inflação aos limites estabelecidos, bem como o prazo para que as providências produzam efeitos.

      As reuniões do Copom dividem-se em dois dias. No primeiro dia (terça-feira) os chefes de departamento do BCB apresentam uma ampla análise economia brasileira (inflação, atividade, contas públicas, balança de pagamento, câmbio etc.). No segundo dia (quarta-feira) os diretores do BCB decidem a taxa Selic, em votação.

      Para saber mais informações sobre o Copom, bem como as atas, apresentações técnicas, calendário das reuniões, comunicados, e o histórico da taxa Selic, acesse a página do comitê no sítio do BCB (aqui).

      domingo, 14 de setembro de 2014

      Risco de mercado

      Risco de Mercado = Risco Sistemático

      O risco de mercado pode ser definido como a possibilidade de um investidor experimentar perdas em seus investimentos por conta de fatores que afetam a performance do mercado(s) através do qual ele realiza seus investimentos. O risco de mercado, também conhecido como risco sistemático, não pode ser reduzido ou eliminado através da diversificação. Porém, em alguns casos, tal risco pode ser compensado através de operações de hedge.

      O que causa o risco de mercado?

      Desastres naturais e seus efeitos sobre o mercado financeiro são exemplos de risco de mercado. Outras fontes de risco de mercado incluem recessões econômicas, crises políticas, mudanças na taxa básica de juros e ataques terroristas.

      Risco não-sistemático

      O risco de mercado não deve ser confundido com o risco específico. O risco específico, também conhecido como risco não-sistemático, é atrelado diretamente à performance de um ativo específico e, em contraste com o risco sistemático, pode ser reduzido através da diversificação. Um exemplo de risco não-sistemático é o preço internacional do petróleo para empresas petrolíferas, como a Petrobrás.

      Quando a Petrobrás produz mais petróleo do que o necessário para o consumo interno, ela irá exportar o excedente. Neste caso, preços elevados do petróleo no mercado internacional são positivos para a empresa e podem impulsionar as cotações da Petrobrás no mercado de ações. A queda do preço do petróleo, porém, terá efeito contrário.

      Por outro lado, se a Petrobrás produzir menos petróleo que o necessário para o consumo interno, ela irá importar o excedente. Neste caso, preços elevados do petróleo no mercado internacional serão negativos para a empresa e terão como efeito a queda das cotações da Petrobrás na bolsa de valores. O contrário também é verdade. Uma queda do petróleo no mercado internacional, beneficiará a Petrobrás.

      Outra empresa, como a Vale, que produz minério de ferro, não será afetada pelos preços internacionais do petróleo. Portanto, vemos que o preço do petróleo é um risco específico de empresas petrolíferas, como a Petrobrás.

      Para reduzir o risco, o investidor deve diversificar seu portfólio. Assim, cada ação de seu portfólio estará exposta a um risco específico diferente e, no final, o risco da carteira de ações será menor que o risco de uma ação isolada.

      Em geral, o risco de mercado de operações com derivativos é superior ao risco de mercado de ações e, por sua vez, é superior ao risco de mercado de ativos de renda fixa.

      Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

      Leia também:

      Risco de crédito

      quarta-feira, 20 de agosto de 2014

      LFT - Letra Financeira do Tesouro

      A Letra Financeira do Tesouro, também conhecida por LFT, é um título público de emissão do Tesouro Nacional pós-fixado e sem pagamento de cupom.

      Como funciona a LFT

      O valor da LFT é determinado posteriormente à sua emissão (pós-fixado) e, ao adquirir o tal título, o investidor receberá do Tesouro Nacional o pagamento correspondente ao valor integral do título na data de seu vencimento (sem pagamento de cupom).

      No caso específico da LFT, seu valor é determinado através da variação da taxa Selic, determinada pelo Banco Central do Brasil. Ou seja, o investidor que adquirir uma LFT receberá na data de vencimento do título (ou ao vender o título no mercado secundário) uma rentabilidade equivalente à variação da taxa Selic no período em que mantiver o título em carteira. Abaixo, reproduzimos o fluxo de pagamento da LFT, disponível na página do Tesouro Direto na internet (aqui).

      Para quem é indicada a LFT?

      Por ser um título pós-fixado, o preço único da LFT costuma ter pouca variação diária. Os retornos diários da LFT refletirão a variação diária da taxa Selic, que será pequena porém constante (baixo risco de mercado). Portanto, tal título é indicado para o investidor conservador, que prefere receber pouco porém com baixo risco.

      Tal título também é indicado para quem está dando os primeiros passos na plataforma do Tesouro Direto. Com a LFT é possível aprender, entre outros, como comprar um título público, como e quando vender um título público, os custos envolvidos, como acessar o extrato de sua carteira de títulos na internet etc. Tudo isso, correndo um risco de mercado muito, muito baixo.

      Por fim, a LFT é considerado um título "defensivo", que pode ser utilizado em períodos de alta volatilidade no mercado, quando são percebidas amplas variações da curva de juros.

      Para conhecer a metodologia completa de precificação da LFT, clique aqui.

      Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

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        segunda-feira, 28 de julho de 2014

        Fale conosco: Poupança X Fundo DI X CDB X Tesouro Direto X LCI/LCA

        Segue uma consulta feita em nossa página Fale Conosco que gostaria de compartilhar com os leitores do Blog.

        "Olá Pessoal,

        Parabéns pelo ótimo site. A Calculadora do Poupança X Fundo DI X CDB X Tesouro Direto X LCI/LCA é ótima, estou me divertindo com ela. Estou muito mais segura agora para poupar/investir meu dinheiro! Quero tirar 2 dúvidas:

        1- Estou acompanhando as notícias, e estou ficando bem preocupada, os especialistas estão cada vez mais negativos sobre a economia do Brasil, os mais negativos apostam que em 2014/15 terão medidas bem parecidas com as que foram tomadas no Governo Collor. Vocês acreditam nisso? Quais os riscos que nossas poupanças e investimentos podem sofrer com a crise da economia brasileira? É necessário/ interessante poupar fora do Brasil?

        2- Estou vendendo um imóvel por R$ 120 mil, e estou comprando um apto em outra cidade por R$ 130 mil. Já dei R$ 18 mil de entrada e tenho a opção por financiar o restante com juros de 5,64% a. a. + variação da TR. Com a venda da casa devo quitar o apto ou investir o dinheiro?

        Obrigada.

        JS"

        O fim do mundo está próximo?

        Não. Espera-se que 2015 seja um ano de ajustes na economia, independente de quem seja eleito presidente nas próximas eleições. O país vem passando por uma transição de um modelo econômico baseado no consumo das famílias e farto crédito para um crescimento sustentado em investimentos, especialmente em infraestrutura. Tal transição, porém, dificilmente demandará medidas tão drásticas como as vistas no Governo Collor, como congelamento de preços, "sequestro de poupança" etc. O país hoje é um país completamente diferente. E para melhor.

        Porém, o final de 2014 será marcado por muita instabilidade no mercado financeiro. Isso é muito, muito comum em períodos pré-eleitorais. Portanto, caso você queira se proteger de tal estabilidade, invista seus recursos em ativos com baixo risco de crédito (calote do emissor) e baixo risco de mercado (oscilação de preços). Tais ativos são exatamente aqueles retratados na Calculadora do Poupança X Fundo DI X CDB X Tesouro Direto X LCI/LCA.

        Investir fora do país

        Investir parte de suas reservas fora do país ou em fundos que aplicam em investimentos denominados em moedas estrangeiras é sempre interessante. Como explicamos no artigo Por que diversificar. Ou: devo colocar todos os ovos na mesma cesta?, a diversificação de investimentos pode promover a redução do risco da sua carteira. E a diversificação deve ser um hábito, e não uma estratégia para ser utilizada somente em momentos de volatilidade.

        Quitar ou não quitar o imóvel?

        Você informou que tem a opção de quitar um imóvel recentemente adquirido, ou então financiar o saldo devedor com juros de 5,64% ao ano + variação da TR. O que fazer? Bem, como deixamos claro em nossa página Fale Conosco, nos reservamos ao direito de não recomendar investimentos. Tal decisão cabe somente a você.

        Porém, lembre-se que atualmente a taxa Selic está fixada em 11% ao ano (aqui). Ou seja, a princípio, você consegue investimentos com baixo risco que rendem mais do que o custo do seu empréstimo. Neste caso, vale mais a pena financiar o imóvel e, com os recursos não utilizados, investir. Mas, se você é daquelas que não conseguem ver um dinheirinho parado na conta que já querem gastar, corra e quite seu imóvel o mais rápido possível.

        Resposta escrita por Flávio Girão Guimarães.

        sexta-feira, 25 de julho de 2014

        Cartão de crédito: seu maior amigo e seu pior inimigo


        Para quem está com as contas em dia e tem total controle sobre o próprio dinheiro, o cartão de crédito é uma excelente ferramenta para o gerenciamento e controle das finanças pessoais. Por outro lado, o cartão de crédito pode representar um risco altíssimo para quem está com as finanças combalidas ou para quem não tem controle sobre o dinheiro.


        Vantagens do cartão de crédito


        O cartão de crédito permite que você consuma imediatamente algo e só pague por esse consumo no vencimento da fatura do cartão, sem a cobrança de adicionais ou juros. Ou seja, num país acostumado com taxas de inflação altas e juros altíssimos, possuir um cartão de crédito que não cobra absolutamente nada pelo custo do dinheiro, entre a compra do produto/serviço e o pagamento da fatura, é um privilégio.

        Alguns cartões de crédito também disponibilizam para seus clientes ferramentas para melhor controlar suas finanças, tais como a divisão das contas por emissor, por tipo de estabelecimento, por moeda etc. Além disso, os cartões de crédito costumam premiar seus clientes com mercadorias, pontos em programas de fidelidade, milhas em companhias aéreas etc.Ou seja, para quem tem a vida financeira controlada e sabe bem utilizar o cartão de crédito, parabéns!

        Desvantagens do cartão de crédito


        Por outro lado, as muitas facilidades, vantagens e as premiações dos cartões de crédito são como veneno para as pessoas consumistas e aqueles que não têm controle sobre suas próprias finanças. Utilizar o crédito rotativo do cartão de crédito é como veneno para as finanças pessoais, como demonstramos no artigo Cartão de crédito: crédito rotativo.

        História do cartão de crédito


        O cartão de crédito foi criado nos Estados Unidos em 1950, pelos fundadores do Diners Club, Ralph Schneider and Frank McNamara. A princípio, o cartão criado pela Diners Club era voltado ao pagamento do lazer e do entretenimento de seus abastados proprietários. Em setembro de 1958, o Bank of America lançou um cartão de crédito nos moldes dos cartões de crédito atuais, com ampla aceitação em diversos estabelecimentos comerciais.

        De lá pra cá, o cartão de crédito se expandiu além das fronteiras dos Estados Unidos e hoje está presente em praticamente todo o mundo. Atualmente, a aceitação dos cartões de crédito é praticamente univesal e a emissão dos mesmos já é feita por bancos, lojas de departamento, cadeias de postos de combustível, redes de farmácias, entre outros.

        Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

        quarta-feira, 23 de julho de 2014

        Parte dos Fundos DI sequer ganha da poupança

        A velha e boa caderneta de poupança está sob fogo cerrado. As críticas sobre esse tradicional investimento se acumulam a cada dia. Não é por menos, com a elevação da taxa Selic para 11% ao ano, muitos investimentos de baixo risco vem conquistando espaço nos corações e bolsos dos investidores brasileiros.

        Boa parte das críticas é válida. A poupança de fato vem rendendo muito, muito pouco. Mas não é todo e qualquer investimento que o supera. Vamos apresentar neste artigo uma comparação da poupança com os fundos DI, que são os produtos de investimento que mais se aproximam das características da poupança.

        Cálculo da poupança

        Para os depósitos realizados até o dia 4 de maio de 2012, a rentabilidade da poupança será igual a 0,50% ao mês acrescidos da variação da Taxa Referencial (TR). Já os depósitos realizados após o dia 12 de maio de 2012 seguem a seguinte regra: a poupança renderá 70% do valor da Taxa Selic, limitados a 0,50% ao mês, acrescidos da variação da TR. Para calcular o valor da rentabilidade da poupança, utilize nossa Calculadora Rentabilidade da Poupança.

        Atualmente, a taxa Selic está fixada em 11% ao ano. Ou seja, a poupança renderá 0,50% ao mês. Com a TR variando em torno de 0,05% ao mês, temos uma rentabilidade próxima a 0,55% ao mês (em torno de 7.44% ao ano).

        Cuidado com a taxa de administração dos Fundos DI

        O passo natural para quem quer alto além da poupança, são os fundos de investimento referenciados DI (ou simplesmente Fundos DI). Tal classe de fundos costumam ter baixíssimo risco e um retorno bruto próximo à variação do DI, que por sua vez tem um retorno muito semelhante à variação da taxa Selic. Porém, diferentemente da poupança, os ganhos de rendimento são tributados pelo imposto de renda (IR), com alíquotas que variam de 22.50% a 15%. Para saber um pouco mais sobre a tributação dos Fundos DI, leia nosso artigo Tributação de investimentos: fundos de investimento em renda fixa.

        Além da tributação pelo imposto de renda, é descontado da rentabilidade dos Fundos DI a taxa de administração, que nada mais é do que a remuneração do gestor do fundo. Tal taxa é cobrada sobre o patrimônio administrado. Portanto, ao investir em um Fundo DI, procure os fundos com a menor taxa de administração possível.

        Para demonstrar a importância da taxa de administração, elaboramos a tabela abaixo, onde apresentamos a rentabilidade esperada para a poupança e para um Fundo DI (líquida de IR), ao longo de 6 meses, 1 ano, 2 anos, 3 anos, 4 anos e, por fim 5 anos. Na elaboração da tabela, utilizamos a rentabilidade atual da poupança, em torno de 0,55% ao mês, e a rentabilidade do DI, atualmente em 10,80% ao ano.

        Poupança
        Meses
        6 meses
        1 ano
        2 anos
        3 anos
        4 anos
        5 anos
        retorno
        3,35%
        6,80%
        14,07%
        21,83%
        30,12%
        38,97%
        Fundo Referenciado DI
        tx. Adm
        6 meses
        1 ano
        2 anos
        3 anos
        4 anos
        5 anos
        1,50%
        3,52%
        7,44%
        16,06%
        25,99%
        36,31%
        47,59%
        1,75%
        3,43%
        7,24%
        15,61%
        25,23%
        35,20%
        46,08%
        2,00%
        3,34%
        7,04%
        15,16%
        24,47%
        34,11%
        44,59%
        2,25%
        3,25%
        6,84%
        14,71%
        23,72%
        33,02%
        43,11%
        2,50%
        3,15%
        6,64%
        14,26%
        22,97%
        31,93%
        41,64%
        2,75%
        3,06%
        6,44%
        13,82%
        22,22%
        30,86%
        40,18%
        3,00%
        2,97%
        6,24%
        13,37%
        21,48%
        29,79%
        38,74%
        3,25%
        2,87%
        6,04%
        12,93%
        20,74%
        28,73%
        37,31%
        3,50%
        2,78%
        5,84%
        12,48%
        20,01%
        27,67%
        35,90%

        Como podemos ver, os Fundos DI com taxa de administração iguais ou superiores a 3% ao ano são, apresentam uma rentabilidade inferior à rentabilidade da poupança, independentemente do horizonte de investimento. Já os Fundos DI com taxa de administração iguais ou inferiores a 1,75% ao ano apresentam retornos superiores ao retorno da poupança. Os Fundos DI com taxa de administração entre 1.75% ao ano e 3% ao ano apresentam rentabilidade ora superior à rentabilidade da poupança, ora inferiores, dependendo do prazo de investimento.

        Portanto, cuidado com a taxa de administração do Fundo DI!

        Comparador de Fundos

        A revista Exame.com disponibiliza em seu site uma excelente ferramenta, o Comparador de Fundos. Através dessa ferramenta é possível comparar, entre outros, os Fundos DI. O Comparador de Fundos foi feito em parceria com o sistema de informações financeiras Comdinheiro (comdinheiro.com.br). Use e abuse da ferramenta para encontrar um Fundo DI que atenda às suas expectativas, seja no seu atual banco, ou em outra instituição que faça mais pelo seu dinheiro. Para acessar o Comparador de Fundos, clique aqui.

        Outros investimentos de baixo risco

        Existem também outros investimentos com baixo risco e liquidez, que podem eventualmente substituir a velha poupança, por serem de baixo risco e fácil compreensão. Entre eles destacamos: os fundos de investimento referenciados DI, os Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras Financeiras do Tesouro (LFT), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras do Crédito do Agronegócio (LCA).

        Para conferir qual dos investimentos acima rende mais, verifique nossa Calculadora Poupança X Fundo DI X CDB X Tesouro Direto X LCI/LCA.

        Mas antes de resgatar sua poupança, saiba os riscos de se investir em CDBs, especialmente aqueles oferecidos por bancos de pequeno e médio porte, que geralmente oferecem retornos mais atrativos (aqui), 

        Caso você se interessou pelas LCI ou LCA, saiba quais são as vantagens e riscos envolvidos na aquisição de tais títulos (aqui).

        Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.