sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cartão de crédito: crédito rotativo

Não sabe brincar? Não desce pro play!
O maior erro que uma pessoa pode cometer em relação ao uso do cartão de crédito no Brasil é não pagar a conta integralmente. Financiar uma parte da conta do cartão de crédito, ou pagar o mínimo da fatura do cartão é um atestado de burrice financeira.

Entre todas as modalidades de crédito existentes no Brasil, seguramente o cartão de crédito está entre as mais caras (senão for a mais cara). Hoje, os juros de certos cartões de crédito ultrapassam 11% ao mês, ou algo em torno de 250% ao ano! Para se ter uma ideia do que 250% ao ano podem fazer com uma dívida, basta dizer que R$ 1.000,00 tornam-se magicamente R$ 3.498,45! Um verdadeiro milagre a multiplicação, só que para os bancos.

Pois bem, o que fazer para não utilizar o crédito rotativo do cartão de crédito? A resposta óbvia é não fazer uma dívida no cartão que você não tenha condições de pagar no mês seguinte. Mas, se isso acontecer, o que fazer?


Se você tiver algum investimento, resgate. Não cometa o erro que muita gente comete de financiar a fatura do cartão pagando 11% ao mês, ao invés de resgatar uma poupança ou um fundo de investimento que garante menos que 1% de rendimento mensal. É como imaginar você tentando atravessar um rio num barco a remo com um motor de popa virado no sentido contrário.

Se você não tiver qualquer aplicação ou reserva para emergências e, se a dívida do cartão não for exorbitante, vá ao banco e peça um empréstimo pessoal para cobrir o rombo, procurando sempre as linhas de crédito de menor custo, tal como o crédito consignado, até as linhas mais caras, como o Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

Se a dívida do cartão for de grande monta, pense em alienar algum bem (carro, moto) ou, então, converse com o seu gerente e veja se é possível financiar seu carro (se ele for quitado) ou refinanciá-lo (caso ele seja financiado). As taxas de financiamento de veículos costumam ser menores que as taxas do crédito pessoal.

Meu último conselho é: se você corriqueiramente financia parte da fatura do cartão de crédito, faça um favor a si mesmo e reduza o limite do cartão, ou, no limite, cancele-o.


Artigo escrito por Flávio Girão Guimarães.

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