Fale Conosco |
Na página Fale Conosco disponibilizamos um espaço para que vocês enviem sugestões, críticas, estudos de caso, dúvidas etc. Através desse canal de comunicação, já atendemos muitos leitores que procuram o aconselhamento de nossos especialistas.
Nessa interessante troca de informações, por vezes nos deparamos com dúvidas que podem ser estendidas a outros leitores e, portanto, quando autorizados, publicaremos tais dúvidas e a resposta de nossos especialistas.
Meu conterrâneo, Rafael Pinheiro do Rio de Janeiro/RJ, entrou em contato conosco, perguntanto nossa opinião acerca da evolução do Tesouro Direto em 2011...
Bom dia!
Eu li um artigo (Fundo DI X CDB X Poupança - Fevereiro de 2011) do Flávio Girão Guimarães que me esclareceu bastante sobre o atual momento da economia e os investimentos conservadores que podem render mais neste ano de 2011. Porém, eu gostaria de saber como o investimento no Tesouro Direto vai se desenrolar neste ano de 2011? Estou aguardando noticias. Muito obrigado e parabéns pelo artigo.
Rafael Pinheiro
Rio de Janeiro/RJ
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Nossa resposta ao amigo Rafael Pinheiro, foi a seguinte:
Caro Rafael,
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Bem, o assunto Tesouro Direto é uma das prioridades do site ABC do Dinheiro. No Brasil, temos o privilégio de comprar diretamente títulos públicos, sem intermediários. Ao longo do tempo, iremos postar muitos artigos sobre esse assunto. Aguarde e confira!
A resposta à sua pergunta não é trivial. No Tesouro Direto podemos adquirir títulos públicos com características completamente distintas. Alguns títulos tem como característica uma rentabilidade pré-definida (ou prefixada, no jargão dos economistas), tal como as LTN e as NTN-F. Já outros títulos tem sua rentabilidade atrelada a um índice de preços (NTN-B, por exemplo). Há também títulos públicos que rendem o mesmo que a taxa Selic (LFT).
O cenário atual, fevereiro de 2011, é de expectativa de aumento da inflação, acima da meta estabelecida para esse ano (4,5%). Logo, veremos em breve o aumento da taxa Selic. Nesse cenário, o investimento em títulos atrelados à inflação (NTN-B) ou em títulos atrelados à Selic (LFT) devem apresentar um bom resultado.
Por outro lado, caso o Banco Central do Brasil comece a ganhar a "queda de braço", e os índices de inflação começarem a convergir para a meta, os títulos prefixados (LTN ou NTN-F) irão "bombar". Ou seja, tudo depende do desenrolar do atual cenário econômico. Como eu disse, a resposta não é trivial.
Trivial é responder que o investimento em LFT gera um rendimento, no mínimo, semelhante à variação da Selic. Ou seja, se você está na dúvida se os juros vão subir ou se vão cair, se a inflação vai convergir para a meta ou se vai escapar, compre LFTs. Porém lembre-se: a LFT no longo prazo gera rendimentos muito tímidos, quando comparados aos demais títulos públicos.
Vale a máxima: quando maior for o risco, maior serão os rendimentos.
Como lhe adiantei, iremos dar um foco no Tesouro Direto em nossos próxios artigos. Explicaremos como as características dos títulos públicos podem trabalhar a nosso favor, conciliando tais características com nossos objetivos e nosso horizonte de investimento.
Antes de investir no Tesouro Direto, dê uma lida no artigo "Como Investir no Tesouro Direto" http://www.abcdodinheiro.com.
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Abraços,
Flávio Girão Guimarães
ABC do Dinheiro
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